domingo, 6 de julho de 2014

1. Return.

17 de fevereiro de 2009, 11:34 AM, Dallas, Texas, Casa dos Harris.

- Nick! Demi! – eu dizia vendo a água da piscina ficar vermelha por causa do sangue que saia de sua cabeça.
- O que ta... – era a voz de Nick, porém parou assim que ele viu Megan de bruços boiando na piscina.
- O que você fez? – Demi perguntou olhado para mim aterrorizada.
- Eu... Eu... – não conseguia falar, ela e Nick olharam para minha mão e lá estava eu, segurando uma pedra suja de sangue, sangue de Megan.
- Você a matou – Demi disse chorando.
- Eu tive que fazer... – mas apenas senti meus joelhos vacilarem e vi Demi correndo em direção a saída de casa, antes de fechar os olhos, olhei para o lado e lá estava ele, sorrindo, orgulhoso de mim por ter feito a coisa certa.

17 de fevereiro de 2014, 09:00 AM, Dallas, Texas, Reformatório.

 Sempre o mesmo sonho. Durante cinco anos. Mas isso irá acabar, eu espero. Assim que sai do banheiro, Maya estava sentada em sua cama, cerrando as unhas.
- Finalmente! – ela disse assim que me viu.
- Com certeza – disse colocando as ultimas coisas que faltavam dentro da bolsa.
- O que você vai fazer quando chegar lá? – Maya perguntou interessada.
- Não sei – disse dando de ombros, mas eu sabia exatamente o que fazer.
- Você procurar por ela? – Maya perguntou e eu a encarei.
- Não sei, quer dizer, foram cinco anos, não sei como estão as coisas com ela – respondi e Maya assentiu.
- Nick já deve está me esperando – disse colocando a bolsa nas costas, olhei para Maya – Vou sentir sua falta, magricela.
- E eu a sua – ela respondeu, levantando-se e me abraçado. – Se cuida.
- Você também – disse e assim segui em direção a porta do quarto.
 Andar por aqueles corredores sem ninguém ao seu lado era uma sensação estranha, porém tão boa. Me despedi das outras garotas e encontrei Nicholas me esperando no balcão de informações.
- Ai está ela! – ele disse sorrindo, corri em sua direção e o abracei. – Isso tudo é saudade?
- Vai aproveitando porque daqui a pouco eu não quero nem mais ver sua cara – disse separando o abraço, ele deu um sorriso e seguimos para fora daquele lugar.
- Como essa se sentindo? – Nick perguntou abraçando-me de lado.
- Um pouco diferente – respondi e ele assentiu.
- Você vai adorar a nossa casa, eu reformei, sabe, passei uma borracha por cima de tudo o que aconteceu naquela casa – ele disse abrindo a porta do carro.
- Você não devia ter feito isso – disse colocando o cinto.
- Porque não? É uma nova vida agora, (SeuNome) – ele disse com aquele tom esperançoso – O passado ficou no passado, agora só vamos olhar para frente.
- Você tem razão – disse sorrindo e ele fez o mesmo.
- Não toquei em seu quarto, você sempre dizia que queria ele do mesmo jeito que era depois que saísse daquele lugar – Nick não gostava de falar o nome reformatório, nunca entendi o certo por que.
- Então, Nick... – comecei e o vi balançar a cabeça negativamente – O que foi?
- Nada, fale o que você quer perguntar.
- Como ela está?
- Bem diferente – ele respondeu e eu o encarei – Demetria mudou e mudou muito.
- Como assim? – perguntei, mas ele não respondeu – Eu vivia perguntando a você sobre ela e você nunca me respondia, sempre mudava de assunto, agora eu preciso saber, Nicholas.
- Okay, mas não vá ficar na pior – ele respondeu e eu assenti – Depois do acontecimento com a Megan, ela ficou diferente, eu mal a via, os pais dela nem falavam mais comigo ou com a nossa mãe. Eu não sei bem o que aconteceu, apenas soube que depois de três meses, eles a mandaram para New York, onde ela ficou três anos lá e esses três anos foram o suficiente.
- Suficiente pra que? – perguntei.
- Pra ela se tornar a Demetria que é hoje – ele respondeu e deu uma rápida olhada para mim.
- Demetria que é hoje? Me explica isso direito, Nicholas – disse.
- Demetria se tornou aquelas garotas fúteis, sabe? Sempre ta com um namorado diferente, sempre fazendo festas barulhentas que eu sou obrigado a escutar, essas coisas – ele disse e mordi o lábio. Eu tinha transformado-a nessa pessoa? Eu tinha feito com que ela virasse essa menina fútil que eu nunca imaginaria que ela fosse se tornar?
- E as cartas que eu escrevia a ela? Você entregava?
- Eu tentava, os pais dela não me deixavam nem mesmo pisar na grama deles. – Nick disse dando um suspiro.
- Eu sinto muito, Nick – disse olhando-o.
- Tudo bem, não tem problema – ele disse forçando o sorriso. – Vamos mudar de assuntos deprimentes.
- Certo... – disse – A mamãe não deu nenhum sinal de vida?
- Eu disse que era para mudar de assuntos deprimentes – ele disse – E não, ela nunca deu, dois anos e nem mesmo um ‘estou viva’ ou ‘ei pirralhos estou aqui só curtindo no Hawaii’.
- Que pais fomos ter, hein? – disse revirando os olhos e ele assentiu.
 Nick continuou contando-me as ultimas novidades, mas minha cabeça estava em outra coisa, ou melhor, em outra pessoa.

"Primeiro capitulo, só para começar, em breve postarei o segundo, comentem o que acharam e até a proxima" 

2 comentários:

  1. Já até sei quem é essa pessoa.. (lógico ta na cara né sua demente) isso foi meu sub-consciente falando.. continua por favorzinho?? Tá muito bom e vc escreve demais... perfeito!! Continua baby?! Bjoo ^^

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