17 de
fevereiro de 2009, 11:34 AM, Dallas, Texas, Casa dos Harris.
- Nick! Demi! – eu dizia
vendo a água da piscina ficar vermelha por causa do sangue que saia de sua
cabeça.
- O que ta... – era a
voz de Nick, porém parou assim que ele viu Megan de bruços boiando na piscina.
- O que você fez? – Demi
perguntou olhado para mim aterrorizada.
- Eu... Eu... – não
conseguia falar, ela e Nick olharam para minha mão e lá estava eu, segurando
uma pedra suja de sangue, sangue de Megan.
- Você a matou – Demi
disse chorando.
- Eu tive que fazer... –
mas apenas senti meus joelhos vacilarem e vi Demi correndo em direção a saída
de casa, antes de fechar os olhos, olhei para o lado e lá estava ele, sorrindo,
orgulhoso de mim por ter feito a coisa certa.
17 de
fevereiro de 2014, 09:00 AM, Dallas, Texas, Reformatório.
Sempre o mesmo sonho. Durante cinco anos. Mas
isso irá acabar, eu espero. Assim que sai do banheiro, Maya estava sentada em
sua cama, cerrando as unhas.
-
Finalmente! – ela disse assim que me viu.
-
Com certeza – disse colocando as ultimas coisas que faltavam dentro da bolsa.
-
O que você vai fazer quando chegar lá? – Maya perguntou interessada.
-
Não sei – disse dando de ombros, mas eu sabia exatamente o que fazer.
-
Você procurar por ela? – Maya perguntou e eu a encarei.
-
Não sei, quer dizer, foram cinco anos, não sei como estão as coisas com ela –
respondi e Maya assentiu.
-
Nick já deve está me esperando – disse colocando a bolsa nas costas, olhei para
Maya – Vou sentir sua falta, magricela.
-
E eu a sua – ela respondeu, levantando-se e me abraçado. – Se cuida.
-
Você também – disse e assim segui em direção a porta do quarto.
Andar por aqueles corredores sem ninguém ao
seu lado era uma sensação estranha, porém tão boa. Me despedi das outras garotas
e encontrei Nicholas me esperando no balcão de informações.
-
Ai está ela! – ele disse sorrindo, corri em sua direção e o abracei. – Isso
tudo é saudade?
-
Vai aproveitando porque daqui a pouco eu não quero nem mais ver sua cara –
disse separando o abraço, ele deu um sorriso e seguimos para fora daquele
lugar.
-
Como essa se sentindo? – Nick perguntou abraçando-me de lado.
-
Um pouco diferente – respondi e ele assentiu.
-
Você vai adorar a nossa casa, eu reformei, sabe, passei uma borracha por cima
de tudo o que aconteceu naquela casa – ele disse abrindo a porta do carro.
-
Você não devia ter feito isso – disse colocando o cinto.
-
Porque não? É uma nova vida agora, (SeuNome) – ele disse com aquele tom
esperançoso – O passado ficou no passado, agora só vamos olhar para frente.
-
Você tem razão – disse sorrindo e ele fez o mesmo.
-
Não toquei em seu quarto, você sempre dizia que queria ele do mesmo jeito que
era depois que saísse daquele lugar – Nick não gostava de falar o nome
reformatório, nunca entendi o certo por que.
-
Então, Nick... – comecei e o vi balançar a cabeça negativamente – O que foi?
-
Nada, fale o que você quer perguntar.
-
Como ela está?
-
Bem diferente – ele respondeu e eu o encarei – Demetria mudou e mudou muito.
-
Como assim? – perguntei, mas ele não respondeu – Eu vivia perguntando a você
sobre ela e você nunca me respondia, sempre mudava de assunto, agora eu preciso
saber, Nicholas.
-
Okay, mas não vá ficar na pior – ele respondeu e eu assenti – Depois do
acontecimento com a Megan, ela ficou diferente, eu mal a via, os pais dela nem
falavam mais comigo ou com a nossa mãe. Eu não sei bem o que aconteceu, apenas soube
que depois de três meses, eles a mandaram para New York, onde ela ficou três
anos lá e esses três anos foram o suficiente.
-
Suficiente pra que? – perguntei.
-
Pra ela se tornar a Demetria que é hoje – ele respondeu e deu uma rápida olhada
para mim.
-
Demetria que é hoje? Me explica isso direito, Nicholas – disse.
-
Demetria se tornou aquelas garotas fúteis, sabe? Sempre ta com um namorado
diferente, sempre fazendo festas barulhentas que eu sou obrigado a escutar,
essas coisas – ele disse e mordi o lábio. Eu tinha transformado-a nessa pessoa?
Eu tinha feito com que ela virasse essa menina fútil que eu nunca imaginaria que ela fosse se tornar?
-
E as cartas que eu escrevia a ela? Você entregava?
-
Eu tentava, os pais dela não me deixavam nem mesmo pisar na grama deles. – Nick
disse dando um suspiro.
-
Eu sinto muito, Nick – disse olhando-o.
-
Tudo bem, não tem problema – ele disse forçando o sorriso. – Vamos mudar de
assuntos deprimentes.
-
Certo... – disse – A mamãe não deu nenhum sinal de vida?
-
Eu disse que era para mudar de assuntos deprimentes – ele disse – E não, ela
nunca deu, dois anos e nem mesmo um ‘estou viva’ ou ‘ei pirralhos estou aqui só
curtindo no Hawaii’.
-
Que pais fomos ter, hein? – disse revirando os olhos e ele assentiu.
Nick continuou contando-me as ultimas novidades, mas minha cabeça estava em outra coisa, ou melhor, em outra pessoa.
"Primeiro capitulo, só para começar, em breve postarei o segundo, comentem o que acharam e até a proxima"
Nick continuou contando-me as ultimas novidades, mas minha cabeça estava em outra coisa, ou melhor, em outra pessoa.
"Primeiro capitulo, só para começar, em breve postarei o segundo, comentem o que acharam e até a proxima"
Perfeito <3 gostei,posta mais
ResponderExcluirJá até sei quem é essa pessoa.. (lógico ta na cara né sua demente) isso foi meu sub-consciente falando.. continua por favorzinho?? Tá muito bom e vc escreve demais... perfeito!! Continua baby?! Bjoo ^^
ResponderExcluir