sábado, 9 de agosto de 2014

7. Best Friends Again.

 - Isso é ridículo! – Nick disse batendo o punho contra a mesa, fazendo com que o Diretor Forman encolhe-se em sua poltrona.
- Eu sei, Sr. Harris, mas... – ele começou com a voz baixa.
- O senhor e nenhuma dessas mulheres podem tirar o direito da minha irmã de escutar! – Nicholas disse irritado, o Diretor assentiu rapidamente.
- Eu sei, mas elas insistem que a Srta. Harris seja expulsa da escola.
- Por quê? – Nicholas pergunta cruzando os braços, o Diretor o encara e depois desvia o olhar, encarando-me.
- Por causa da... Da morte de...
- Da morte de Matthew Sullivan? Não seja idiota! – Nicholas explodiu, arregalei os olhos e toquei no braço de Nicholas.
- Nick... – sussurrei, ele olhou-me e depois olhou para o Diretor, que parecia irritado.
- Desculpe, Diretor – Nick pediu – Mas é a verdade, minha irmã não matou Matthew Sullivan e isso foi mais que provado.
- Mas as mães de nossos alunos acham que sim – ele disse mais calmo agora, Nick passou as mãos nos cabelos recém cortados e suspirou.
- Tudo bem – ele disse respirando fundo – E o que o senhor vai fazer?
 O Diretor Forman olhou para Nick e logo depois para mim, suspirou e levantou-se.
- Seu pai era um grande amigo – ele começou olhando através de Nick, talvez para a porta ou um objeto qualquer – E ele era um homem bom. Vou contra todas aquelas mães lá fora e deixa-la, srta. Harris, não só pelo seu pai, mas por seu irmão e por você, porque vejo que a senhorita é uma ótima garota também.
 Olhei para Nick surpresa, ele tinha um sorrisinho vitorioso no rosto, voltei a encarar o Diretor e lancei um sorriso.
- Muito obrigada, Diretor – respondi sorrindo, ele deu um breve aceno com a cabeça.
- Obrigado – Nick agradeceu estendo a mão em sua direção, logo o Diretor Forman o cumprimentou.
 Assim que o Diretor abriu a porta, as mães ainda continuavam lá, suas placas dizendo ‘QUEREMOS A EXPULSÃO DE (SEUNOME) HARRIS’ e outras realmente ousadas ‘NÃO QUEREMOS UMA ASSASSINA ESTUANDO AQUI’.
- Então Diretor Forman? – uma perguntou assim que o Diretor fechou a porta, muitas mães ali que eu nunca tinha visto na vida, mas conhecia algumas, a maioria eram grandes amigas de minha mãe.
- A Srta. Harris fica – assim que fechou a boca, começou o cochicho algumas dizendo que isso era errado, que não admitiria isso, que não aceitaria seu filho estudando com uma assassina, etc. Baixei a cabeça para não vê-las olhando-me, porém antes mesmo de isso acontecer, reconheci um rosto ali. Cabelos loiros, talvez a mais baixa, Dianna Lovato. Lembro-me muito bem de como eu a chamava, de tia. Nick e Megan não a chamavam assim, como era mais velhos a chamavam de senhora ou senhorita, menos eu. Lembro-me de como eu a via como uma segunda mãe, de como eu gostava do jeito que ela me tratava.
- Mas ela foi presa! – uma gritou fazendo com que eu desviasse o olhar.
- Por assassinato! – outra completou.
- Do meu filho! – ouvi e procurei a dona da voz, ao lado de Dianna, lá estava à mãe de Matthew. Tirando o cabelo escuro e brilhoso, ele não parecia nada com a mãe.
- Senhoras, eu sei que todas aqui querem a segurança de seus filhos, mas não podemos culpar a Srta. Harris, ela foi presa, porém já esta livre, porque comprovaram que não é a culpada pela morte do Sr. Sullivan! – O diretor Forman disse alto.
- Ela é culpada sim! – ouvi outra falar, desviei o olhar da mãe de Matt e olhei para Nick.
- Vamos embora, daqui, dessa cidade – sussurrei para ele.
- Não podemos, não podemos da esse gostinho para eles – ele sussurrou de volta – Sabemos que você não é a culpada e eles terão que saber também.
- Mas eu não me importo, não me importo deles saberem ou não, só quero deixar isso tudo para trás – minha voz já estava falha, senti minha visão embaçar por conta das lagrimas e vi Nick pegando em meus ombros.
- Não chore, você não tem porque chorar – ele pediu e inclinou-se dando me um beijo na testa.
***

- Que barra, hein – Ally disse sentando-se ao meu lado. – Soube que algumas mães fizeram um protesto pedindo pra você sair da escola, é verdade?
- É sim – respondi vendo Lauren sentar-se a minha frente.
- E então? – Ally perguntou abrindo a garrafa de suco.
- Não conseguiram, o poder de persuasão do meu irmão é muito forte – comentei com um sorriso. Ficamos em silencio por alguns minutos, era primeira vez que Ally falava comigo, bem, falado sem nenhuma suspeita.
- E como vai à matéria especial para o Matt? – perguntei e ela lançou um rápido olhar para Lauren.
- Legal, as pessoas realmente viam Matthew Sullivan como um herói. – Ally disse.
- Um herói extremamente arrogante, esnobe e mimado – Lauren disse revirando os olhos – Hipócritas.
- Enfim, como era a cela que você ficou? – Ally perguntou mudando de assunto radicalmente.
- Te controla, Ally – Lauren pediu irritada, dei um sorrisinho e balancei a cabeça negativamente.
- Suja, silenciosa e aterrorizante – respondi. – Mas não fiquei lá muito tempo a ponto de enlouquecer, mas já esta tudo bem agora, eles não tem porque me prender, claro, se alguém for encontrado morto e eu tiver brigado com a vitima.
 Ally começou um novo assunto que eu não sabia muito bem, na verdade, eu não estava mais prestando atenção. Suas mãos estavam sobre a mesa e ela encarava-me, Demi mordeu o lábio e movimentou a cabeça em direção a porta, demorei um minuto até perceber o que ela queria. Demi levantou-se e seguiu para a saída, virei para Ally e Lauren e levantei-me.
- Você já vai? – Ally perguntou.
- Tenho que terminar alguns exercícios de Química, coisa rápida, mas preciso ir – disse pegando minha bandeja.
- Certo, nos vemos por ai – Lauren disse sorrindo, retribui o sorriso e segui em direção a esteira colocando minha bandeja lá rapidamente. Passei pela mesa de Ally e Lauren acenando, seguindo até a saída do refeitório. Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha limpado minhas mãos em minha blusa, eu estava suando e nervosa. Fui até o armário de Demi, porém ela não estava lá, cocei o queixo pensando onde ela estaria... Campo de futebol. Andei apressadamente até lá, o que Demi queria falar comigo? Ela parecia diferente, sua expressão facial estava diferente, apesar das outras garotas sentadas na mesma mesa que ela, Demi parecia não pertencer ali, parecia esta em outro mundo.
 Assim que entrei no campo de futebol percebi Demi sentada em uma arquibancada, respirei fundo e andei até lá, tentando parecer calma. Ela encarava o chão, logo sentei-me ao seu lado.
- Eu sinto muito – ela começou levantando a cabeça e encarando-me – Pela aquela “manifestação” de mães no pátio.
- Já superei – respondi encarando-a, Demi continuou encarando-me como se soubesse o que eu iria falar.
- É, minha mãe estava lá também – ela respondeu.
- Eu a vi – disse – No meio de varias outras mães, algumas delas eu até conhecia.
- Tentei convencê-la de não ir, mas... – ela começou, porém parou – Não imagino o que você deve esta passando agora.
- Quando eu as vi com todos aqueles cartazes, eu me senti muito mal – disse encarando-a – Mas logo passou.
- Como você consegue ser assim? – ela perguntou e eu arquei as sobrancelhas – Sabe, forte.
- Nem eu sei – disse desviando o olhar e olhando para frente – Acho que passei por coisas piores que mães super preocupadas por seus filhos estarem estudando na mesma escola que uma assassina.
 Então o som da brisa que batia em meu rosto e bagunçavam os cabelos de Demi era o único som ali, passei alguns minutos olhando para frente e nem percebi que Demi me encarava.
- O que foi? – perguntei um pouco envergonhada.
- Nada, é que... – ela deu uma pausa – Você esta aqui. Depois de cinco anos você esta livre.
- E isso é estranho?
- Não, na verdade é... É maravilhoso – ela respondeu com um sorriso – Você aqui faz com que eu lembre da antiga Demi.
- Aquela que tinha cabelos castanhos e sardas? – perguntei, vendo-a sorrir.
- Também, faz com que eu... – ela me encarou nos olhos, um olhar diferente, que eu não sabia explicar, que nem por um milhão de dólares eu desviaria – É bom ter você aqui.
- Eu sei – respondi sorrindo e logo Demi acompanhou-me, então a senti entrelaçando seu braço no meu.
- Quero recomeçar – Demi disse animada – Quero voltar a ser sua amiga, para depois voltar a ser sua melhor amiga.
- Vou pensar na sua proposta – disse com um tom de brincadeira, Demi sorriu e deu um leve soco em meu braço.
- Por quê? A vaga de melhor amiga já foi preenchida? – ela perguntou e senti certo ciúme em sua voz.
- O que?
- Nada, nada – ela disse revirando os olhos, logo ouvimos o sinal bater – Acho que devemos ir.
- Também acho – disse levantando-me, eu e Demi seguimos em silencio até a saída do campo de futebol, assim que chegamos ao corredor, virei-me para ela – Pode ficar tranquila, a vaga de melhor amiga continua sendo sua.
***
  Eu e Nick estávamos assistindo um filme qualquer de ação, Nicholas adorava, porém eu só estava assistindo porque tinha prometido a ele. Senti meu celular vibrar no bolso, olhei para o lado e Nick nem piscava o olho. Cuidadosamente peguei o telefone e segui para cozinha, atendendo rapidamente.
- Pronto – disse atendendo.
- Oi, é a Lauren – escutei no outro lado da linha – É, pedi a Ally seu numero e ela me deu, também não sei como ela descobriu, mas você sempre tem que esperar coisas como essa da Ally. Enfim, queria saber se você esta livre hoje?
- Hum, acho que sim, Nicholas não disse nada sobre sair hoje.
- Ótimo então, vai ter uma festa aqui perto de casa, como a Ally disse que não iria, já que como não é de alunos lá da escola, ela prefere não ir, então pensei em chamar você, o que acha?
- Festa? Você sabe o que aconteceu na ultima – disse.
- Olha, as pessoas que vão a essa festa são pessoas bem mais maduras que o Matt, pode ter certeza – ela explicou – Mas se não quiser vim, tudo bem.
- Não, eu vou, só preciso convencer o Nick.
- Ótimo, te passo um SMS com o endereço, nos vemos em breve, eu espero – e logo Lauren desligou. Espiei Nick sentando no sofá super concentrado no filme, eu teria que pedir a ele, afinal ele é responsável por mim. Porém, sei que ele não deixaria era uma festa. Respirei fundo e voltei para sala, sentando-me ao seu lado novamente.
- Nick – o chamei, porém ele apenas resmungou algo – Nicholas.
- O que? – ele respondeu, mas ainda olhava para a TV.
- Eu vou a uma festa – disse, porém ele não demonstrou nenhuma reação – Eu posso ir?
- Para onde? – ele perguntou sem encarar-me novamente, revirei os olhos e levantei-me, seguindo para as escadas.
 Vesti outra blusa e calcei as botas, peguei o casaco em cima da poltrona que havia em meu quarto e passei um pouco de perfume, na verdade, muito perfume e escovei os cabelos. Assim que abri a porta, senti o celular vibrar e deduzi ser o SMS de Lauren, peguei e abri, era o endereço da casa. Desci rapidamente, encontrando um Nicholas ainda estava entretido no filme, balancei a cabeça negativamente e segui para porta.
- Nicholas vou a uma festa, certo? – perguntei.
- Certo – ele resmungou, realmente era um filme muito bom, Nicholas nem reparava que eu estava indo a uma festa. Bem, já que ele deixou é meu dever ir, eu o avisei. Pego a chave do carro e saio de casa. 

5 comentários:

  1. Cap perfeito gata, adorei a reaproximação da Demi, mas to sentindo que essa festa n vai prestar...
    Continue pfv

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  2. A demi querendo a amizade de volta <3 cap maravilhoso, posta mais

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  3. Já estou vendo mais um morte,quem sera o próxima vitima?Rose?Para mim a Rose vai estar lá e será assassinada e a culpa sera da pobre S/n (aquela musica de suspense)

    -Kah Lovato

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  4. Awwwn, que coisa fofa esse momento com a Demi, amei. Desconfio q a Lauren joga um charminho... ta querendo?!? Será?!? huahua, ansiosa para saber como será essa festa

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  5. A S/N é idiota ou ta fazendo faculdade de burrice??? Na última festa já deu merda e agora ela ta querendo mais dor de cabeça???!

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